SUSTENTABILIDADE
INTRODUÇÃO
Tornou-se um pressuposto consensual a ideia de que existe uma estreita relação entre educação e desenvolvimento. Isso é de tal forma que, determinados modelos de desenvolvimento e/ou objetivos econômicos direcionam políticas educacionais. Sendo assim, a articulação entre educação e desenvolvimento não é novidade, no entanto, quando se pensa um novo tipo de desenvolvimento, o desenvolvimento sustentável ou simplesmente sustentabilidade, o outro polo do binômio, a educação, necessariamente deve ser adjetivado.
As questões históricas, teóricas e éticas envolvendo o desenvolvimento e a diferenciação entre países pobres e ricos são complexas, no entanto, podemos abordar com proveito a questão tanto do desenvolvimento como da educação a partir das potencialidades dos modelos de um e de outro.
OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES ATUAIS
Vivemos no limite. Pela primeira vez na história da humanidade não por força de armas nucleares, mas pelo modelo de desenvolvimento, podemos destruir todas as formas de vida sobre o planeta. Podemos dizer que o modo de produção dominante é o modo de destruição. Por isso, em todos os países, seja nos pobres ou nos ricos, vemos manifestações questionando o atual modelo de desenvolvimento e chamando a atenção para questões ambientais como o aquecimento global.
Enquanto estruturalmente avança um modelo predatório, conjunturalmente, vivemos na era da informação em tempo real, da globalização da economia, da realidade virtual, da quebra de fronteiras entre nações, dos escritórios virtuais, da robótica e dos sistemas de produção automatizados. Essas transformações afetam tanto o mundo da produção e do trabalho como também o mundo da educação e da formação de tal sorte que ambos os mundos começam a se interpenetrar. Gadotti resume assim o nosso contexto atual: “O cenário está dado: globalização provocada pelo avanço da revolução tecnológica, caracterizada pela internacionalização da produção e expansão