Sustentabilidade – Uma visão Humanista
Henrique Hattner
Por Renata Santos FACE - UFMG
Atualmente, existe um grande interesse de especialistas no tema sustentabilidade e seus desdobramentos no desenvolvimento mundial, tanto no âmbito econômico quanto no social. Esse foco é demonstrado através de vários debates nacionais e internacionais, livros e artigos publicados.
Todavia, apesar da preocupação de organizações não governamentais, universidades, laboratórios, governos e centros de pesquisa, a falta de um embasamento mais elaborado evidencia a vulnerabilidade da definição do conceito. “O discurso político de economicamente viável, socialmente equitativo e ecologicamente sustentável não é capaz de colocar em um arranjo todas as forças sociais que movem as pessoas e instituições”.
Dessa forma, o texto releva a diferença entre o conceito defendido pelos cientistas sociais (economistas) e pelos políticos.
Os economistas alegam que recursos naturais são utilizados e alocados de forma eficaz em mercados competitivos, onde não existe excessos de regulamentação. O mercado livre tornariam as empresas mais eficientes até na busca por novas tecnologias e demais setores da organização. As regras impostas, nesse caso, estariam ligadas a punição de empresas que degradam o meio ambiente e na premiação das bens sucedidas.
Nesse sentido, o autor destaca que a degradação ambiental é consequência da desigualdade socioeconômica. Vários países praticam a extração vegetal e/ou mineral, cujo valor agregado é baixo, causando danos ambientais mais notórios. De acordo com políticos mais liberais e representantes de corporações, a livre concorrência de mercados representa a solução mais viável pois facilita a transferência de riquezas de um ponto a outro no planeta.
Já o discurso político inclui as questões relacionadas ao meio ambiente natural no cenário de tomada de decisões, sendo esse fator essencial para a melhoria da qualidade de vida e o combate