sus três avanços e três retrocessos
Não é comum, no mundo, um país assumir para si a responsabilidade pela saúde de sua população e arcar com os custos.
No Brasil o compromisso do Estado em assumir a saúde como direito de todos e responsabilizar-se por promovê-la é em si mesmo revolucionário.
Historicamente, tanto no texto de Baptista (2007), como no texto de Cruz (2011) e no filme2 (1992), foi possível notar que o Estado pouco atuava na saúde e quando atuava era só parcialmente, através de Campanhas, que mais pareciam uma guerra, com atitude autoritária, os procedimentos eram feitos usando-se a força física e não o esclarecimento da população quanto aos procedimento utilizados. Como ocorreu na Revolta da Vacina3, em 1904.
A preocupação principal do Estado era com a manutenção da produção econômica que era inicialmente obtida nas colheitas agrícolas, como lavouras de café, e, posteriormente, das indústrias. Em conseqüência disto havia interesse na saúde dos trabalhadores para que continuassem produzindo.
No início do século XX, somente tinham acesso à saúde, as pessoas com bens ou privilégios, bem como os trabalhadores de algumas categorias como ferroviários e marítimos (CAIXAS). Após este momento foram criados os IAPS (Instituto de Aposentadoria e Pensões) todos os trabalhadores contribuíam para o Instituto e passaram a ter algum acesso. Havia discrepância na qualidade de saúde a que tinham direito as categorias.
Assim só eram cidadãos, com acesso à saúde, aqueles que fossem trabalhadores registrados, com contribuição ao IAPS, os demais seguimentos da população, que não faziam parte desta categoria, não tinham acesso a saúde.
Desta forma a Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, inclui todas as pessoas com direitos iguais, independente se trabalham ou tenham registro em carteira, independente da classe, cor ou credo. O Estado que antes tinha políticas populistas, com olhar só para os trabalhadores registrados, passou a ter