Surrealismo
O surrealismo começou a vir a luz em 1919, em Paris, com o lançamento da revista Littérature, por André Breton, Philippe Soupault e Louis Aragon, e com a descoberta da escritura "surrealista" (isto é, automática) pelos dois primeiros. Cinco anos depois, em 1924, o surrealismo foi fundado, proclamado enquanto movimento nomeada e explicitamente surrealista, através de várias iniciativas tomadas por um grupo de jovens poetas franceses (o Manifesto de Breton lista 19 nomes) que estava também reagrupando pintores, fotógrafos e outros, de diversas nacionalidades (Max Ernst era alemão, Man Ray estadunidense, Picasso espanhol, etc.).
A chegada do surrealismo na América foi extremamente rápida. Sabe-se, por exemplo, que, no Brasil, em 1925 (talvez antes), Prudente de Moraes, neto e Sérgio Buarque de Holanda já realizavam experiências de escritura surrealista; na Argentina, foi também em 1925 que um grupo de jovens reunido em torno de Aldo Pellegrini (então estudante de medicina) iniciou um processo de discussão e experimentação do surrealismo. (*)
O surrealismo criticou a racionalidade burguesa em favor do maravilhoso, do fantástico e dos sonhos, abarcando uma grande quantidade de artistas, entre eles, podemos citar: na literatura, André Breton, Louis Aragon, Philippe Soupault e outros; nas artes plásticas, Joán Miró, Max Ernst, Salvador Dalí e outros; na fotografia, Man Ray, Dora Maar e Brasaï; e, no cinema, Luís Buñuel.
Nas palavras de Breton, um dos objetivos do surrealismo era "resolver a contradição até agora vigente entre sonho e realidade pela criação de uma realidade absoluta, uma suprarrealidade". Essa perspectiva levou esses artistas a buscarem inspiração na obra do psicanalista Sigmund Freud, trazendo para a arte o irracional, o inconsciente, explorando o imaginário e os impulsos ocultos da mente. Nesse sentido, algumas técnicas de produção artística adotadas foram a escrita e a pintura automática, pois seriam formas de