surrealismo
Mas, ao contrário do dadaísmo, que buscava sobretudo destruir os velhos padrões, o surrealismo propunha-se a construir: A Violação - René Magritte Ultrapassar o gesto puramente provocativo e – segundo André Breton, criador do movimento – “transformar o mundo” atrvés da incorporação dos instintos que haviam sido reprimidos pelo “decoro” burguês, apoiado nas descobertas da psicologia.
Sonho e realidade
Criador e pricipal teórico do surralismo, André Breton (1896-1966) estudou medicina e psicologia, chegando a exercer a psiquiatria durante a Primeira Guerra, no exército. Depois ligou-se ao dadaísmo, organizando o anárquico pensamento do movimento, que começava a se tornar um jogo estéril. Para ele, a arte deveria partir do irracional, pois a criatividade verdadeiramente livre provém das profundezas pouco conhecidas da psique, chamadas por Freud de inconsciente. Além da vida (e da cultura) organizada, consciente, que carcteriza determinada civilização, Freud estudou uma outra vida, mais livre e mais verdadeira, que também faz parte da civilização e não pode ser esquecida: a vida inconsciente, “dos sonhos". As imagens e sensações do sonho (no próprio sonho) não se apresentam menos reais ou importantes do que as imagens e sensações do passado. A Interpretação dos Sonhos, S. Freud. A palavra surrealismo havia sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1886-1918), ligado ao Cubismo, para identificar expressões artísticas que se esboçavam e é adotada pelos surrealistas por refletir a idéia de algo além do realismo. O início do movimento se dá por volta de 1922, quando os dadaístas se dispersam. O surrealismo não é um estilo – se por estilo entendermos a observância de regras técnicas e a escolha de