Surgimento do Estado
Na Idade dos Metais
Há milhares de anos atrás, a espécie humana já havia desenvolvido um sistema de igualdade e relação entre si, o chamado “Comunismo Primitivo”. Nele, cada membro de famílias ou tribos recebia igualmente sua parte da caçada e da colheita de frutos, independentemente do seu desempenho e produção, foi um sistema bastante útil e aceitável durante o nomadismo, mas só durou até o homem ter feito uma de suas maiores descobertas: A agricultura e a pecuária.
Com o conhecimento do plantio e da criação de animais, o homem não precisou mais deslocar-se de seus abrigos em busca de comida, pois agora teria tudo no “quintal” de sua casa! A partir daí, o homem deixou de ser nômade e passou a possuir moradia fixa, além de aprimorar cada vez mais o seu conhecimento, como o uso da metalurgia, e aumentar a sua população. Ou seja, o que era antes um grupo de 50 pessoas passou a ser de 500, e foi assim que surgiram as primeiras cidades e vilas.
O grande número de pessoas resultou numa sociedade mais complexa, onde indivíduos passaram a ocupar novas profissões, exercendo cada vez mais funções diferentes uns dos outros. O artesanato começou a desenvolver-se bastante nesse período, e principalmente o comércio, de início, ele processava-se por simples troca de produtos, depois pela troca de gado, e posteriormente por moedas de ouro e outros metais. Essa atividade no comércio também resultou em novas profissões, e com isso, ocorreu a invenção da escrita, dos processos de contagem, dos padrões de medida e do calendário.
Nesse período o homem já havia criado a sua própria religião, e entre os servidores dos templos, destacavam-se os sacerdotes, eram intérpretes das vontades dos deuses, que acabavam por assumir a função de dirigentes das cidades. Exerciam tarefas de muita importância, como a distribuição da água e sementes, a supervisão das colheitas e a armazenagem dos grãos, apropriando-se também de boa parte das terras e da produção dos