Suplementação de Bovinos
1. REFERENCIAL TEÓRICO O conhecimento das características morfológicas e fisiológicas das plantas forrageiras é essencial para se estabelecer procedimentos adequados de manejo. No entanto, é essencial que os princípios de manejo sejam conhecidos e aplicados para que as pastagens possam se manter produtivas e persistentes (EUCLIDES, 2002). Um dos principais fatores a serem considerados no manejo do pastejo é o fato de que a dieta do animal é composta em sua maioria por folhas, em vez de colmos e material morto. Quando há um maior entendimento da dinâmica de crescimento e desenvolvimento das plantas que compõem uma pastagem e as respostas morfofisiológicas, torna-se mais fácil adequar o manejo do pastejo visando a sustentabilidade do sistema de produção com alta produtividade dos componentes planta e animal, respeitando os limites ecofisiológicos das plantas forrageiras (NASCIMENTO JR., 2004). A manutenção da oferta de pasto durante todo ano provém do cultivo de espécies tropicais, na sua maioria exóticas, oriundas principalmente do continente africano, que se destacam por apresentar alta produtividade, perenidade e adaptação às condições edafoclimáticas. As gramíneas da espécie P. maximum caracterizam-se por apresentar produtividade e qualidade elevada, além da adaptação a diferentes condições edafoclimáticas. É uma espécie bastante utilizada pelos pecuaristas por apresentar elevado acúmulo de biomassa entre as forrageiras tropicais propagadas por sementes, abundante produção de folhas, aceitabilidade pelos animais e porte elevado (JANK et al., 2010). Apesar de serem caracterizadas pelo grande potencial de produção são menos flexíveis que plantas como as do gênero Brachiaria, pois apresentam limitações e/ou dificuldades ao serem manejadas sob lotação contínua, prevalecendo o seu uso sob pastejo rotacionado (DA SILVA, 2004). O capim-mombaça foi introduzido no Brasil em 1984, sendo selecionado inicialmente na Embrapa Gado de