Superior
DISCURSO SOBRE A
SERVIDÃO
VOLUNTÁRIA
Étienne de La Boétie
L.C.C. Publicações Eletrônicas www.culturabrasil.org Discurso Sobre a Servidão Voluntária (1549)
Título original
Discours de la servitude volontaire
Étienne de La Boétie (1530-1563)
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© 2006 — Étienne de la Boétie
Palavras iniciais
Étienne de La Boétie morreu aos 33 anos de idade, em 1563. Deixou sonetos, traduções de
Xenofonte e Plutarco e o Discurso Sobre a
Servidão Voluntária, o primeiro e um dos mais vibrantes hinos à liberdade dentre os que já se escreveram. Toda a sua obra ficou como legado ao filósofo Montaigne (1533 – 1592), seu amigo pessoal que, diante de uma primeira publicação
— pirata — do Discurso em 1571, viu-se obrigado a se pronunciar a respeito da Obra, que procura minimizar em seus efeitos apodando-lhe o epíteto de ―obra de infância‖ e ―mero exercício intelectual‖. Montaigne, com todo o seu inegável brilho intelectual, era um Homem do
Estado e disso não escapava.
Entre muitos pontos importantes relevantes do Discurso em si, ressalta-se:
e
— O poder que um só homem exerce sobre os outros é ilegítimo.
— A preferência pela república em detrimento da monarquia.
—
As crenças religiosas são freqüentemente usadas pelas monarquias para manter o povo sob sujeição e jugo.
— Étienne de La Boétie afirma no
Discurso a liberdade e a igualdade de todos os homens na dimensão política.
— Evidencia, pela primeira vez na história, a força da opinião pública.
— Repele todas as formas de demagogia.
— Incursionando pioneiramente pelo que mais tarde ficará conhecido como psicologia de massas, informa da irracionalidade da servidão, desde o título provocativo da Obra, indicada como uma espécie de vício, de doença coletiva.
O Discurso, que no século XVI Montaigne considerava difícil prefaciar, hoje em dia é ainda