Sulco Pigmentado: definição, diagnostico e conduta clinica.
Introdução:
Este trabalho tem como objetivo principal mostrar a pigmentação em sulco de molares decíduos e permanentes, assim como mostrar diferentes formas de identificar o sulco pigmentado fazendo o diagnóstico diferencial e mostrar ao cirurgião-dentista que não seja realizado nenhum tipo de tratamento invasivo. As manchas extrínsecas ocorrem pelo acúmulo superficial de um pigmento exógeno e, geralmente, podem ser removidas com o tratamento da superfície. (Neville 2009). As principais causas de pigmentação extrínseca nos dentes, sulcos e fissuras são causadas por ferro, alimentos, bebidas e bactérias. As bactérias podem produzir uma coloração que varia entre cinza, marrom-escuro ou laranja, podendo tender a marrom-escura, e ocorrem mais em crianças.
Discussão:
Sulcos pigmentados são lesões cariosas inativas não-cavitadas, que apresentam uma coloração que vão do castanho ao preto, e se formam devido à remineralização da lesão, com incorporação de pigmentos exógenos e minerais (formação de sulfeto férrico advindo de interação entre sulfito de hidrogênio bacteriano e ferro presentes na saliva - Neville 2009). Ela começa a se formar como uma lesão inicial de carie oclusal, como uma mancha branca ao redor da entrada da fissura e não nela propriamente dita, o que leva a crer que a contituição do biofilme nesses locais é distinta. Na entrada das fissuras, cocos, bastonetes e filamentos estão em configuração parecida com biofilmes em superfícies lisas, mas na fissura em si, observa-se que a placa bacteriana não é viável, sendo representada por bactérias fantasmas sem núcleo e calcificações. A composição da microbiota intra-fissura é de grande importância para o desenvolvimento de cárie no sulco, pois demonstra que, em casos de lesões não cavitadas e/ou remineralizadas, como o sulco pigmentado, micro-organismos mais cariogenicos não se encontravam nesses locais (Meiers, J C , Schachtele, C F: