Suicídio na infância
Suicídio na Infância e na adolescência
1. Apresentação:
Acidentes que causam morte de crianças direcionam alguns estudos para a ideia de que as mesmas se envolveram em situações de risco, fato que conduz ao tema do suicídio infantil. Mas será que realmente é possível pensar em “suicídio” infantil, um ato intencional? O comportamento suicida na infância é raro, mas não excepcional. Inclusive, os casos de suicídio infantil podem apresentar números ainda maiores do que os indicados pelas estatísticas como lembram Regina Rodrigues e Jorge Antolini (2003): “É importante ressaltar que, entre os óbitos atribuídos a acidentes, intoxicações exógenas e causas cuja intenção é ignorada, muitos deles podem ter decorrido de uma tentativa de auto-extermínio não diagnosticada pelo médico assistente”. O suicídio na infância é um dado real e precisa ser encarado como fato concreto.
Na verdade, este é um assunto pouco estudado e questionado em decorrência de uma série de fatores. Estudiosos afirmam que aproximadamente metade dos acidentes envolvendo crianças são tentativas mascaradas de suicídio. Alguns autores chegam a considerar a depressão um dos principais sintomas no comportamento suicida. O suicídio na infância, em um primeiro momento, parece um tema como poucas ocorrências reais. Em um mundo competitivo como o atual, as crianças tendem a sofrer com uma sobrecarga de atividades (escolares e extra-escolares) que as inscreve em rotinas puxadas. As responsabilidades, as exigências dos pais e da sociedade, assim como a gerência de inúmeras atividades, transformam as crianças em adultos “precoces”. Brigas, decepções amorosas, violência sexual, sentimento de exclusão social ou de “estranhamento” com o mundo correspondem a outros fatores que impulsionam o suicídio. A superação antecipada de uma etapa fundamental da vida, a infância, pode gerar transtornos psicológicos sérios em crianças e