Suicídio egoísta na sociedade politica
O autor começa fazendo uma síntese histórica onde se constata que o suicídio era geralmente raro nas sociedades jovens, em vias de evolução e de concentração, multiplica-se, ao contrario, em medida que estas vão se degenerando. Grécia, Roma, o suicídio surge quando a antiga organização é abalada e seus progressos marcam as fases sucessivas de declínio. Observa-se o mesmo fato com o império Otomano. Na França, nas vésperas da revolução, o transtorno. Que comprometeu a sociedade em consequência da decomposição do antigo sistema social o que ocasionou um grande aumento de suicídios, isso se sabe pelos autores da época.
Durkheim lembra Morselli, este que desconstrói a ideia de que as grandes comoções políticas multiplicavam os suicídios. Ele mostra que todas as revoluções que ocorreram na França ao longo do tempo, tiveram influência na diminuição dos suicídios. Em 1830, o total de casos cai de 1.904, em 1829, para 1.756, ou seja, uma diminuição considerável de cerca de 10%. A regressão continua em 1848 aonde os números vão de 3.674 para 3.301. Em 1848-49 a crise percorre toda a Europa; em todos os lugares, os suicídios se reduzem, e a redução é nivelada pela gravidade e alongamento da crise. Vemos isso no quadro abaixo: Ano | Dinamarca | Prússia | Baviera | Saxônia Real | Áustria | 1847 | 345 | 1.852 | 217 | | 611 (em 1846) | 1848 | 305 | 1.649 | 215 | 398 | | 1849 | 337 | 1.527 | 189 | 328 | 452 |
Durkheim possui todo o cuidado em concluir qualquer coisa, isso porque fatos que poderiam comprometer a sua pesquisa surgem. Um deles são as comoções de 1851 e 1852 que ocorreram na França. Nestas os suicídios mantêm-se estacionários, ou seja, o mesmo fenômeno não se reproduz.
O autor mostra que as grandes nacionais também possuíam a mesma influência que os distúrbios políticos. Em 1866 eclode a guerra entre a Áustria e a Itália, e os suicídios diminuem 14% nos dois países. 1865