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Os problemas não estão limitados à busca de aumento de produtividade, mas ao controle e manutenção da capacidade produtiva agrícola, ameaçada por doenças como cancro cítrico e amarelinho. Um dos exemplos notáveis da importância do conhecimento científico e tecnológico para manutenção da competitividade brasileira na produção de citrus foi dado pelo projeto Genoma-Xyllela, em que um montante de R$ 12 milhões foi aplicado em um consórcio científico envolvendo institutos de pesquisa (púbicos e ligados a associações de produtores) e universidades. As pesquisas desenvolvidas pelo projeto visam identificar formas adequadas de combate destas doenças.
Isso é indicativo de que, apesar das dificuldades no financiamento à pesquisa, o Brasil busca novas formas integradas que combinem soluções para problemas práticos (no caso, da cultura de citrus) com a geração de conhecimentos que transbordam para outros setores (um novo projeto Genoma está sendo desenvolvidos para cana-de-açúcar).
O setor de suco cítrico vem passando por um processo de concentração e de internacionalização, com o aumento da participação de grupos como Cargill e Dreyfus no mercado (as duas hoje detêm 30% do mercado brasileiro). Ao mesmo tempo, as empresas líderes nacionais, Cutral e Citrosuco ganham posição na Flórida, uma estratégia para furar o protecionismo dos EUA.
É preciso ressaltar que o processo de maior pressão competitiva não foi anulado, apesar da maior concentração industrial. As empresas que entraram na indústria do suco ao longo da década de 90, como Votorantim e Moreira Salles, dois grandes grupos econômicos do País, incentivaram a melhoria da produção. Ambas desenvolveram pomares com