Sublimação
No pequeno recôndito da sala, o maestro delineia e imagina em sua mente e "alma" sua próxima composição. Neste exemplo de fértil criação, o artista compõe com o véu e linguagem extraídas de conhecimentos cognitivos de música, e de sua relação com sua alma e seus sentimentos, o extrato de algo que se transformará em algo "semi-palpável" de rara beleza e abstração, que entrará em contato com outras subjetividades de outras pessoas, liberando emoções, sensações e sentimentos únicos compartilhados.
Sublimar é uma Arte? Ou fazer "Arte" é sublimar?
Primeiro devemos nos perguntar o que vem a ser Sublimação e o que se desenha a partir da palavra "Arte".
Arte (Latim Ars, significando técnica e/ou habilidade) geralmente é entendida como a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular essas instâncias de consciência em um ou mais espectadores. A arte está por todos os cantos, pois não se restringe apenas em uma escultura ou pintura, mas também em música, cinema e dança. O ser que faz arte é definido como o artista. O artista faz arte segundo seus sentimentos, suas vontades, seu conhecimento, suas idéias, sua criatividade e sua imaginação, o que deixa claro que cada obra de arte é uma forma de interpretação da vida. (Fonte: Wikipedia)
Com o advento da Psicanálise na cultura, a "Arte" sempre é citada como algo simbólico da Sublimação. Às vezes é até confundida com a própria Sublimação.
Freud criou a noção de Sublimação a partir da indicativa de que para existir a civilização houve a "necessidade" de sublimar os instintos. Segundo Teresa Pinheiro, em seu artigo sobre a "Sublimação e idealização e a pós-modernidade", Birman diz que a sublimação na obra freudiana tem o "estatuto de passagem" funcionando sempre como argumento para demonstração de um outro conceito. Ou seja, Freud jamais construiu uma teoria da sublimação".
Vamos nos ater aqui nesta