Sublimação
DE MESTRADO DO PROGRAMA
DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA PSICANALÍTICA DA UFRJ
Sublimação – A arte da contínua criação
ROSANA ANGÉLICA DE FREITAS SANTOS SIQUEIRA
Rio de Janeiro
Agosto 2011
1. TÍTULO DO ANTEPROJETO: Sublimação - A arte da contínua criação
2. DEFINIÇÃO DO TEMA DE PESQUISA:
Ao nos depararmos com a sociedade contemporânea notamos uma contínua transformação, onde o sujeito mergulhado no imediatismo e numa cultura consumista se vê cada vez mais alienado e descompromissado consigo mesmo. Faltam-lhe ideais, aspirações, estando à desilusão relacionada a uma espécie de vazio. Tal sentimento relaciona-se diretamente à pulsão, tal como Freud destacou em 1905. Para tanto, Freud concebe a pulsão, ao contrário do instinto, como sendo independente de seu objeto e que nem é provável que sua origem seja determinada pelos atrativos de seu objeto. No que diz respeito ao objeto é onde a pulsão mais radicalmente se distingue do instinto, dada à inexistência de um objeto específico, adequado e tampouco pré-determinado. Freud, num artigo posterior aos três ensaios, (1915) afirma que o objeto é o que há de mais variável numa pulsão. Além disto, a pulsão tem como objetivo a sua satisfação, regida pelo princípio do prazer e não a reprodução e a manutenção da espécie. Na medida em que a pulsão não possui um objeto fixo de satisfação, há em seu lugar um ‘vazio’, um espaço que clama por ser preenchido; uma força pulsante, insistente, que busca continuamente se satisfazer. Este vazio pode ser entendido enquanto um não saber o que falta, ou melhor, um não produzir sobre o que se falta. Faz-se necessário, na clínica da atualidade, pensar a respeito do sujeito que se desencontrou do eixo mais importante para sua sobrevivência psíquica, a produção sobre si mesmo. É o sujeito mergulhado em seu sintoma e por isso não reconhece sua dor, seus desejos, encontrando-se