Subjetividade
A construção das subjetividades vem sendo tematizada a partir das relações afetivas na família. Este seria o “lócus” privilegiado dos processos de identificação projetiva-introjetiva que são entendidos como fundantes da construção das subjetividades e constitutivos dos processos de individualização. Estariam lançadas, nas relações da família, as bases de sustentação do indivíduo para sua inserção mais ou menos satisfatória em outros âmbitos institucionais da sociedade, ou seja, ajuda na constituição do “eu” e discriminação do “não-eu” do indivíduo.
A industria cultural tem bastante influência no processo da subjetividade, pois o individuo acaba sendo induzido conforme o que é falado na mídia. É penetrado de forma irracional no cotidiano da vida, tanto dos indivíduos como de grupos. As subjetividades, assim construídas, revelam “o caráter manipulativo”, ou seja, um desdobramento do conceito de personalidade autoritária. A vida da sociedade está cada vez mais impregnada de expressões materiais e espirituais do individualismo, facilmente evidenciável no isolamento das pessoas em seus locais de moradia e na ocupação do espaço urbano que se tornou, apenas, lugar de passagem.
De acordo com Sennett, o narcisismo, no sentido clínico, diverge da ideia popular do amor de alguém por sua própria beleza; é uma obsessão com “aquilo que esta pessoa e este