Subjetividade e Segurança do Trabalho
Tema ou Fragmento: Subjetividade e Segurança do Trabalho
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, I. M. Trajetória da análise de acidentes: o paradigma tradicional e os primórdios da ampliação da análise. Interface, v. 10, n. 19, p.185-202, 2006.
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho. São Paulo: Cortez, 2007.
WISNER, A. Por dentro do trabalho. São Paulo: Oboré, 1987.
ZARIFIAN, P. Objectiv compétence. Paris: Liasons, 1999. « data» 19/setembro/2013
Nome:
INTRODUÇÃ0
A questão dos acidentes de trabalho deve ser avaliada sem negligenciar os aspectos subjetivos da atividade de trabalho. Na subjetividade, compreendemos aqui que estão inseridos os aspectos implícitos da atividade, como a regulação dos riscos e os compromissos cognitivos elaborados, pelos atores, para enfrentar os riscos e imprevistos do trabalho.
Quando ocorre um acidente, há a presença das habilidades tácitas dos operadores em determinada situação de risco, como as condições, meios e instrumentos de trabalho oferecidos aos operadores; as possibilidades (ou restrições, constrangimentos) à variação dos modos operatórios; as regulações realizadas para lidar com os riscos na atividade; os compromissos e estratégias (cognitivas e psíquicas) elaborados para lidar com a variabilidade das situações de trabalho; as estratégias e regulações para manter a integridade física e mental paralelamente à obtenção dos resultados exigidos pela organização do trabalho prescrita; as possibilidades (ou constrangimentos) à negociação dos objetivos e resultados.
Foi realizada uma pesquisa a partir de uma demanda inicial, montaram-se uma equipe de pesquisa, envolvendo psicólogas, médico do trabalho, ergonomistas e bolsistas do CNPq. A equipe projetou o programa de mútua ajuda (Programa Hoje Não), colocou-o em funcionamento com 35 trabalhadores do setor de manutenção da empresa pesquisada e, ao longo de três anos de pesquisa mediante os métodos, coletaram-se dados, avaliou-os e obteve os resultados discutidos.