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ANÁLISE CRÍTICA DO “PROGRAMA HOJE NÃO”
O “Programa Hoje Não” apresentado no artigo Subjetividade e segurança do trabalho: aexperiência de um grupo de mútua ajuda, tendo como objetivo combater os acidentes de trabalho, apresenta grande relevância ao apresentar novas formas de proteção consciente contra acidentes no ambiente organizacional, atuando sob o coletivo, diferindo da perspectiva tradicional a qual se restringe a agir no âmbito de comportamentos individualizados.
Nesse sentido, esse grupo de mútua ajuda considera a intersubjetividade entre o grupo de trabalhadores para a criação de estratégias de proteção legitimadas pelo mesmo, impactando, assim, fortemente na segurança do trabalho, pois possibilita o estabelecimento do diálogo e, nesse processo, a compreensão mútua e o estabelecimento de compromissos para modificar a situação vigente.
Logo, a ação do grupo passa a ser contextualizada de modo que a estratégia de regulação e compromissos subjetivos vão sendo estabelecidos para a administração dos riscos de trabalho na perspectiva de obterem os resultados exigidos pela organização com segurança e eficiência produtiva.
O artigo apresenta que esse processo relatado ocorreu em um determinado setor de uma organização, no qual foi solicitada uma intervenção pelo elevado nível de acidentes de trabalho. Desta forma, apresenta a relevância do programa, uma vez que são apontadas as estratégias inerentes ao mesmo. Assim sua efetivação se deu através de reuniões realizadas em um setor no qual os trabalhadores expuseram suas dificuldades e discutiram as possíveis soluções para as mesmas, num processo de identificação com o outro, mobilizando a afetividade subjetiva, e comprometimento para a extinção das falhas latentes. Desta forma os índices de acidentes baixaram consideravelmente na organização, o que não ocorria há anos, estando estagnados. E esse processo também se efetivou, pois houve o consenso dos responsáveis pela organização e das possibilidades de