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“Eu chamei: hômi, volta aqui, hômi, vem ver isso”, lembra Tatão – apelido de José Ricardo Rosa – fixando os olhos verdes no horizonte, entre uma e outra baforada no seu tradicional cigarro de palha. “Quando ele chegou, eu mostrei a marca pra ele. Ele me disse que era a marca do tijolo. Eu falei: como assim? É a marca da Alemanha! E ele disse que não, era a marca do tijolo. Por anos, eu fui ridicularizado na cidade. Ninguém desconfiava que aquele tijolo, com aquela marca, era a prova de que existiu, naquela fazenda, uma filosofia nazista no passado.”
A descoberta do tropeiro permaneceu como peça solta de um quebra-cabeça complexo até 1998, quando a enteada de Tatão, Suzane, durante uma aula sobre a Segunda Guerra Mundial, reconheceu, nas imagens do livro didático, a marca encontrada nos tijolos de sua fazenda, e avisou ao professor. O historiador Sidney Aguilar Filho, que trabalhava na cidade de São Roque, a 160 quilômetros da fazenda, não acreditou na história da