Stress da vida moderna/ Stress pós-traumático
Alguns autores defendem a era da modernidade como a era da Ansiedade, devido às altas competividades, a complexidade das tecnologias, ao trânsito caótico das grandes cidades, da superlotação dos transportes públicos e assim por diante.
Nas últimas décadas, a expressiva mudança em todos os níveis da sociedade passou a exigir do ser humano uma grande capacidade de adaptação física, mental e social. Muitas vezes, a grande exigência imposta às pessoas pelas mudanças da vida moderna e, consequentemente, a necessidade imperiosa de ajustar-se a tais mudanças, acabou por expor as pessoas a uma frequente situação de conflito, ansiedade, angústia e desestabilização emocional.
Nenhuma alteração do organismo terá início se não houver, antes, a presença de um estímulo estressor. Podemos chamar de Estímulo Estressor ou Agente Estressor, qualquer estímulo capaz de provocar num organismo, esse complexo conjunto de respostas orgânicas, mentais, psicológicas e/ou comportamentais definidas como Estresse.
Arqueólogos consideram que homem primitivo trabalhava muito menos que nós, cerca de vinte horas semanais. Sua jornada diária correspondia à caça e colheita de frutos. O ser humano primitivo manifestava sua ansiedade de maneira muito próxima ao sentimento de medo, um medo especificamente dirigido a um objeto ou situação específico e delimitados no tempo e no espaço, ou seja, a situação, o perigo e a ameaça estavam de fato ali, nesse determinado lugar e nesse determinado momento.
Em nossos ancestrais o mecanismo do Estresse foi destinado à sobrevivência diante dos perigos concretos e próprios da luta pela vida, como foi o caso das ameaças de animais ferozes, das guerras tribais, das intempéries climáticas, da busca pelo alimento, da luta pelo espaço geográfico, etc.
No ser humano moderno, apesar dessas ameaças concretas não existirem mais em sua plenitude, tal como existiram outrora, o equipamento biológico do Estresse