Stefania
O autismo é uma síndrome comportamental com características de um distúrbio de desenvolvimento. Caracteriza-se por disfunções a nível das capacidades físicas, sociais e linguísticas; anormalidades no relacionamento com objetos, eventos e pessoas. Estudos realizados demonstram que fatores emocionais não são causadores isolados da doença, e que fatores biológicos aparecem em quase ou em todos os casos de autismo, porém ainda não foi descoberto um marcador biológico especifico. (Arons & Gittens , 1992; Baron-Chohen, 1990; Frith , 1996; Marques, 1993, 1998; Pereira, 1996, 1999; Powell & Jordan, 1997).
A etiologia do autismo não foi bem definida. Com os avanços do domínio da neurocirurgia, algumas investigações sugerem que não há um dano físico no sistema nervoso central que desempenhe um papel primário no seu aparecimento. Existem sim fatores genéticos e ambientais que são considerados como determinantes, embora a maioria dos autores aponte para a multicausalidade.
É um espectro de desordens que vão desde uma profunda incapacidade de se comunicar e retardo mental a sintomas relativamente leves, como a síndrome de Asperger. Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, algumas apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes e outros parecem presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo, ou seja, existem perturbações das relações afetivas com o meio. A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolália (repetição de sons ou palavras), inversão pronominal etc.. O comportamento delas é constituído por atos repetitivos e estereotipados; não suportam mudanças de ambiente e preferem um contexto inanimado. O termo autismo se refere ás