A Revolução no sentido laico, laico é algo que não sofre influência ou controle por parte da igreja (ex: estado laico). Revolução é a necessidade de uma mudança brusca e violenta na estrutura económica, social ou política de um Estado (ex: Revolução Francesa). Desde o início do século XV, um novo ambiente se espalha em certas regiões da Europa, as antigas cidades do Império Romano e as novas cidades surgidas dos burgos medievais, as cidades estão iniciando o que viria ser conhecido como capitalismo mercantil, e para desenvolvê-lo, não podem continuar presos aos padrãos, às regras e aos tributos da economia feudal agrária. As lutas pela liberdade de barões, reis, papas e imperadores. Na Itália, a redescoberta das obras de pensadores, artistas e técnicos da cultura greco-romana, particularmente das antigas teorias políticas, originam um ideal político novo, o da liberdade republicana contra o poder teológico-político de papas e imperadores. Esse pensamento marca o início do período do Renascimento, no qual se tem a liberdade de adquirir algo antes que o saber tivesse sido considerado privilégio da Igreja. Filósofos, historiadores, dramaturgos... Tudo o que fora criado pela cultura antiga é lido, traduzido, comentado e aplicado. Foi nesse ambiente também que aparece a obra que inaugura o pensamento moderno político. O Príncipe, de Maquiavel, que em relação à tradição do pensamento político da época, a obra é demolidora e revolucionária. Maquiavel, diferente dos téologos e dos contemporâneos renascentistas em relação a formulação de teorias políticas, ele partia da experiência real de seu tempo. Ele experienciou acontecimentos históricos como as lutas européias de centralização monárquica e com base no que viu pelo seus olhos escreveu sua obra. A obra de Maquiavel foi criticada e atacada por católicos e protestantes, considerada atéia e satânica (dessa consideração que o termo maquiavélico apareceu como diabólico, perverso), porém tornou-se a referência