Srta.
Departamento de História e Estética do Projeto
AUH308 - História da Arte I Prof. Luciano Migliaccio
Vivian Regner – 7632450
CONSTRUTIVISMOS E VANGUARDAS SOVIÉTICAS – ARREBÓIS DO NOVO
In: AZEVEDO, Ricardo Marques de. Metrópole: abstração. São Paulo: Perspectiva, 2006, PP.61/83
Após a eclosão da Revolução de Outubro em 1917, a Rússia vivia em meio a um ambiente de terror e guerra civil. Esse cenário de caos serviu como ambientação para que ali surgisse uma revolução, que englobasse desde a reorganização da produção, e a implementação de uma nova ordem coletivizada, até a renovação das Artes, de tal forma a subverter todos os antigos costumes. O marco inicial desse caráter revolucionário projeta-se através da Torre de Tátlin (1919-1920), cujas formas helicoidais e envolvendo diferentes sólidos geométricos revolucionam seus eixos com periodicidades próprias. A maneira que materiais racionais e materiais sólidos interagem na torre conferem fiscalidade ao inteligível, representando o futuro da revolução que surge nesse momento. Em meio à construção do socialismo, e desconstrução de uma visão de população arcaica pelas vanguardas ocidentais, tem-se a transformação estrutural do modo de produção, e também da cultura, em que a intelectualidade do homem torna-se vislumbrante, assim como a revolução da ideia de homem. Dessa forma, em meio à uma transformação política que se dá pelo confronto interno, golpe bolchevique e destituição do Czar, a transformação artística e cultural também surge como afronta da vanguarda ao direitismo retrógrado das Academias, e traz consigo o conceito de uma nova Arte, sintonizada com o povo, com o momento histórico, com a revolução proletária, ou seja, liberta do mercado, e que se transmite pelas ruas, pela poesia proletária, uma Arte como construção da vida. O sentimento latente por revolução no âmbito das Artes, entretanto, é absorvido nos anos seguintes, início dos anos 1920, pela