Soroco, sua mãe e sua filha
O sertão, na concepção de Guimarães Rosa, vai além dos limites geográficos, simboliza o mundo, onde os conflitos do homem são representados. O que ocorre também com o sertanejo, que evidência todos os homens, sendo assim, atemporal, universal, enfrentando dúvidas de ordens filosóficas, procurando a razão da vida.
A linguagem que Guimarães Rosa utiliza em suas obras é coloquial, com expressões regionais, além de neologismo. Recupera também o significado etimológico de algumas palavras, já desgastadas pelo uso cotidiano e utiliza de forma notável figuras de estilo e recursos da poesia.
Resumo
Sorôco vivia com sua mãe e sua filha, ambas tinham doenças mentais, por isso ele as mandou para Barbacena, com a ajuda do Governo, pois a doença havia piorado o que o levou a pedir ajuda médica. Ao leva-las a estação sua filha começou a cantar, uma música que ninguém entendia sua mãe a acompanhou. Após as duas entrarem no trem e esse partir, Sorôco teve seu momento de epifania, descobrindo a vida solitária que levava que só não foi maior pela solidariedade do povo. Esse começou a cantar a música que elas cantavam e todos o acompanharam.
Análise do título
O título “Sorôco, sua mãe e sua filha” tem vários significados, entre eles o da semelhança sonora do nome “Sorôco” com socorro e também dele com só louco.
Por outro lado, é interessante perceber a gradação do título, sugerindo a união da família como vagões que se engatam no trem da existência e se desengatam no destino. Cada vagão carrega sua própria solidão e dor, mas forma o trem da solidão coletiva, na metáfora de uma cantiga.
Análise da obra
Tipo de Narração: Conto
Foco narrativo: terceira pessoa
Narrador onisciente e personagem
Tempo: cronológico.
Lugar: Estação de trem, arvore de cedro, onde o povo se reunia, e a cidade de Barbacena, que é o local pra onde as mulheres serão levadas, hospício.
Temática: O conto tem uma temática triste, que aborda a