Fichamento de leitura
Wilson Trevisan – administrado, mestrando em administração e participante do núcleo de pesquisa Regulação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC/SP. Maria Cristina Sanches Amorim – economista, professora do programa de pós-graduação em administração e coordenadora do grupo de pesquisa Regulação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC/SP. cris.amorim@pucsp.br Flávio Morgado – matemático professor do programa de pós-graduação em educação em saúde e pesquisador do núcleo de pesquisa Regulação Econômica e Estratégias Empresariais da PUC/SP. fmorgado@pucsp.br
A discussão do empreendedorismo e do chamado empreendedorismo corporativo (ou, intra-empreendedorismo) é apresentada a partir das definições pioneiras de economistas, com destaque a Joseph Alois Schumpeter, e do sociólogo Wright Mills. Esses são cotejados com as contribuições de autores do campo de gestão das organizações. O exame da literatura mostra que o uso da expressão empreendedorismo, nascida no contexto da revolução industrial, a partir do final do século XX, foi ampliado para compreender comportamentos nas grandes organizações, aproximando-se de temas como liderança e motivação. Na versão pioneira, empreendedor é exclusivamente o empresário que arrisca seu capital; na versão para as corporações, é o burocrata oportunista descrito por Mills ou, o líder motivado que arrisca capital alheio.
O exame da literatura nos permitiu levantar questões relativas ao uso da expressão empreendedorismo. Por que parte dos autores de gestão organizacional se apropriam do termo empreendedorismo? O que se espera de um funcionário quando se diz que dentre as competências exigidas de seus líderes está a de "ser empreendedor"? Será talvez, ser inovador ou ter foco no resultado? E quanto à autonomia característica do empreendedor, a organização está disposta a “outorgá-la” ao assalariado? Haverá, por parte da organização, tolerância ao