Sonho de civilizaçao
Nobert Elias
Carlos nº4
Ao analisar o contexto de civilização do autor pude distinguir dois momentos centrais em seu texto: o primeiro aborda a ineficiência de se analisar os termos indivíduo/sociedade como sendo antagônicos e o segundo, demonstra que nas sociedades mais industrializadas há a predominância do sentimento individualista. A maioria das análises geralmente separa a relação indivíduo e sociedade como se fossem duas entidades autônomas. Há as que defendem a hegemonia do indivíduo em relação à coletividade e as que formulam a sociedade como organismo supra-individual. As duas abordagens são ineficientes, pois tratam os indivíduos como algo completamente isolado de suas relações sociais ou como frutos exclusivos dessas. Não existe o abismo entre indivíduo e socieda- de, mas uma inter-relação na qual um só existe em função do outro. As regularidades sociais são formadas através das relações entre os homens, entretanto, ao serem elaboradas passam a possuir estruturas próprias que independem de qualquer pessoa isolada. Nesse sentido “a sociedade é o próprio conjunto das redes de inter-relações entre os indivíduos, portanto dinâmica. Cada indivíduo já nasce inserido em uma determinada sociedade e sua convivência com os outros determina suas relações sociais, incluindo seus modos, sentimentos, gostos, bem como sua função na mesma. As pessoas são ao mesmo tempo indivíduo e sociedade, uma vez que a própria estrutura socialproduz não apenas o semelhante e o típico, mas também o individual. Partindo dessa concepção,Elias analisa como ocorreu a individualização no processo social, destacando que foi fruto das transformações ocorridas no mundo ocidental. Sua idéia de processo não pode ser vista como sinônimo de “progresso” que guia a humanidade única e exclusivamente para a felicidade final, mas sim como dinâmica social. Isto porque, as sociedades humanas estão em constante fluxo, sujeitas às mudanças constantes,