Sofistas
Os sofistas, por muitos anos, tiveram suas ideias filosóficas subvalorizadas, porque representavam uma frente ideológica que difere das ideias de grandes pensadores da época do surgimento da filosofia, como Sócrates, Platão, Aristóteles, dentre outros. Os pensadores da escola sofística, no entanto, também possuíam a função de exercer a docência.
Antes do Século V antes de Cristo, a educação na Grécia Clássica resumia-se ao aprendizado prático, para os menos privilegiados economicamente, a alfabetização, natação eram necessárias, e a profissionalização era ensinada pelos próprios núcleos familiares e para os mais abastados, ensinavam-se também a equitação, caça, música, filosofia e as práticas esportivas. Com os sofistas, houve um aprimoramento do ensino, que passou a ser, não somente para medicina e arquitetura, mas também para a formação do homem público, dirigente do estado, o domínio da retórica, da dialética e da oratória sofística.
Os defensores dessa corrente de pensamento foram veementemente condenados, por Sócrates e seu discípulo Platão, que alegavam que a educação ensinada pelos sofistas corrompia a moral da juventude, por não ensinar verdade, justiça, moral, virtude e retidão. De modo a se contrapor aos ideais sofistas, Sócrates e Platão defendiam ao conceito de educação denominado Paiedeia, a fim de formar o homem nas esferas política, social, cultural e educativa. Tal conceito parte do pressuposto de que o ser humano deve buscar a integração, transformação e evolução, individuais e coletivas.
Os sofistas, no entanto, questionavam a supremacia da cultura grega e a sabedoria recebida pelos deuses. Argumentavam, por exemplo, a favor da relatividade da moralidade e da imoralidade, que eram constituídas por meio de convenções, logo um ato não poderia ser julgado fora do contexto moral em que ocorreu. Devido a essa posição, foram perseguidos pelos filósofos.
Defendiam, também, a relatividade da verdade que poderia ser manipulada, de acordo