Sofistas
A palavra sofista (em grego sophistes) deriva de sophia (sabedoria), e designa genericamente todo o homem que possui conhecimentos consideráveis em qualquer ramo do saber.
No início, a palavra sofista foi utilizada para realçar uma capacidade ou arte especial num determinado assunto.
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que não eram gregos, [pois não podiam participar da democracia ateniense] que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam “melhorar” seus discípulos, ou, em outras palavras, que a “virtude” seria passível de ser ensinada.
No início do séc. V a.C. o termo "sofista" passa a ser utilizado com o sentido de "homem sábio". É atribuído a poetas, a músicos, a deuses e mestres, aos Sete Sábios. Pelo final do século, o termo "sofista" era aplicado a quem escrevia ou ensinava e que era visto como tendo uma especial capacidade ou conhecimento a transmitir.
No entanto, depois dos sofistas terem aparecido na Grécia, os ódios e invejas que geraram por entre a multidão fez com que a palavra "sofista" começasse a ser utilizada em sentido depreciativo. A palavra passa então a ser utilizada no sentido de ladrão ou mentiroso, significado que acaba por ir ao encontro do seu sentido atual. Como, nesta altura, os jovens atenienses estavam ávidos de novidades, rapidamente os sofistas se viram rodeados de rapazes desejosos de encontrar o segredo do domínio das multidões.
Os sofistas recebiam dinheiro pelos ensinamentos que ministravam, o que era alvo da censura dos atenienses. Também Sócrates - que ao contrário dos sofistas, dispensava