sofistas
Os sofistas eram sábios vindos de todas as partes do mundo grego, ocupavam-se de um ensino itinerante, sem se fixarem em nenhum lugar. O constante exercício do pensar e a aceitação de opiniões contraditórias, características dos sofistas, possivelmente deviam-se à incessante circulação de idéias. Para o escândalo de seus contemporâneos, os sofistas costumavam cobrar pelas aulas, motivo pelo qual Sócrates os acusava de “prostituição”. Cabe aqui um reparo: na Grécia Antiga, a aristocracia tinha o privilégio da atividade intelectual, pois gozava do ócio, ou seja, da disponibilidade de tempo, já que estava liberada do trabalho de subsistência, ocupação dos escravos. No entanto, os sofistas geralmente pertenciam à classe média e faziam das aulas seus ofícios. Os sofistas não se preocupavam, se aquilo que estavam falando era vera verdade, porque o essencial para eles era conquistar a opinião do público.
A sofística inicia um movimento de tornar públicos o ensinamento, com a promessa de formar homens sábios, virtuosos, poderosos e felizes, elaborara o ideal teórico da democracia, valorizada pelos comerciantes em ascensão, cujos interesses passaram a se contrapor aos da aristocracia rural. Nessas circunstâncias, iniciavam os cidadãos para que participassem da assembléia democrática. Para os sofistas a produção dos discursos, o uso e o domínio da técnica discursiva eram criativos, agradáveis, pois, segundo eles mesmos, produziam subjetividades felizes e bem logradas. No entanto a partir desse momento a educação, mediante o ensinamento dos valores por ela definidos, criará a ilusão de que é possível moldar o ideal de sociedade. E a prática educacional seguirá plasmando diferenças sociais e políticas e elegendo o poder da fala, do discurso, como arma fundamental de dominação. A eficácia persuasiva é anunciada como finalidade maior do discurso, é a hegemonia da retórica que passa a interessar, anunciam a figura do orador que luta para subjugar a