Sofistas
1. Introdução
Os sofistas foram os primeiros filósofos do período socrático. Esses se opunham à filosofia pré-socrática dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros que não apresentavam utilidade nas polis (cidades). Dessa forma, substituíram a natureza que antes era o principal objeto de reflexão pela arte da persuasão. Os sofistas ensinavam técnicas que auxiliavam as pessoas a defenderem o seu pensamento particular e suas próprias opiniões contrárias sobre o mesmo para que dessa forma conseguisse seu espaço. Por desprezarem algumas discussões feitas pelos filósofos, eram chamados de céticos até mesmo por Sócrates que se rebelou contra eles dizendo que desrespeitavam a verdade e o amor pela sabedoria. Outros filósofos ainda acreditavam que os sofistas criavam no meio filosófico o relativismo e o subjetivismo.
2. Principais Sofistas
Protágoras de Abdera foi um sofista da Grécia Antiga, responsável por cunhar a frase: “O homem é a medida da todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são”. Tendo como base para isso o pensamento de Heráclito. A frase representa o relativismo tanto dos Sofistas em geral, como do próprio Protágoras. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma pode ser medido para os homens, ou seja, as leias, as regras, a cultura, tudo deva ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em determinado lugar não deve, necessariamente, valer em outro. Isto também significa que as coisas são conhecidas de uma forma particular e muito pessoal por cada individuo, o que vai contra, por exemplo, ao projeto de Sócrates de chegar ao conceito absoluto de cada coisa. Protágoras foi acusado de ateísmo e teve seus livros queimados em praça publica, motivo pelo qual fugiu de Atenas, estabelecendo-se na Sicília, onde morreu aos sessenta e dois anos. Um dos diálogos platônicos tem como titulo Protágoras, onde é exposto um dialogo de Sócrates com o