Sofia
O autor, através desse romance, que tem como personagem central uma adolescente comum, sem outras dúvidas que não as próprias de sua idade e época, descreve toda a trajetória do Homem em busca de explicações para sua existência. Ele utiliza como recurso, na trama, um professor de Filosofia, um major e sua filha.
No decorrer do romance ele faz uma explanação, em forma de diálogo entre o professor de Filosofia e a adolescente, sobre a História da Filosofia, assim como sobre todas as transformações sofridas pelo ser humano no decorrer dos tempos.
Sofia, a adolescente em questão, está prestes a completar quinze anos e se depara com questões relativas à origem do mundo, das relações entre as pessoas e de quanto sua e, portanto, nossa existência é efêmera.
As indagações que lhe são feitas a levam a se perceber como um ser histórico. Sua existência depende de sua ação na realidade em conjunto com as atitudes alheias, isto é, a partir da interação com o mundo, já que ela, em contato com as questões filosóficas, descobre que os fatos da vida, a natureza, devem ser admirados diariamente, a todo instante, pois o mundo está em constante transformação; não devemos, pois, nos habituar ao mundo. Devemos, sim, ser como crianças que sempre se impressionam, se admiram com o que vêem, pois estão sempre descobrindo coisas novas. Devemos estar no mundo em eterno estado de vigília, sempre alertas a novos fatos, e não como se estivéssemos dormindo enquanto a vida passa. A vida é um mistério a ser desvendado a todo instante.
Sofia começa a ler e, mais adiante, a dialogar com Alberto, seu professor de Filosofia, sobre todas as posturas filosóficas existentes na humanidade. Aprende que os mitos, superstições, explicações sobrenaturais são formas fáceis para explicar os acontecimentos da vida incompreensíveis ao ser humano. Mas estas acabam por mascarar a realidade, pois o Homem, ao acreditar em explicações tão simplistas e tão aquém de sua