* Esquemas culturais são ordenados historicamente porque, em maior ou menor grau, os significados são reavaliados quando realizados na prática [...] por uma lado, as pessoas organizam seus projetos e dão sentido aos objetos partindo das compreensões preexistentes da ordem cultural. A cultura é historicamente reproduzida na ação. Geertz: um evento é uma atualização única de um fenômeno geral, uma realização contingente do padrão cultural. Os homens criativamente repensam seus esquemas convencionais. É nesses termos que a cultura é alterada historicamente na ação – transformação cultural. A alteração de alguns sentidos muda a relação de posição entre as categorias culturais, havendo assim uma mudança sistêmica [p 7] * Estrutura: relações simbólicas de ordem cultural – é um objeto histórico. Essa afirmação cancela a oposição de noção entre estrutura e história [...] não é possível manter a premissa de que o funcionamento dessas sociedades está baseado em uma lógica cultural autônoma [...] incapazes de dar conta da diversidade de respostas locais ao sistema mundial [...] a riqueza europeia está atrelada à reprodução e até mesmo à transformação criativa da ordem cultural desses povos [p 8]; * O mesmo tipo de mudança cultural, induzida por forças externas mas orquestrado de modo nativo, vem ocorrendo há milênios [...] A antropologia: obcecada pelo interesse evolucionista [...] A história é construída da mesma maneira geral tanto no interior de uma sociedade, quanto entre sociedades [p 9]; * Existência e interação dual entre a ordem cultural enquanto constituída na sociedade e enquanto vivenciada pelas pessoas. Os homens em seus projetos práticos e em seus arranjos sociais, informados por significados de coisas e de pessoas, submetem as categorias culturais a riscos empíricos. Na medida em que o simbólico é pragmático, o sistema é a síntese da reprodução e da variação [p 9]; * Se a cultura for, como querem os antropólogos, uma ordem de significação, mesmo