Sociologia
Na busca de informações sobre o que é a nanociência e nanotecnologia, as informações sempre tendem a enfatizar as imensuráveis vantagens desse tão novo campo do saber. Poucos são os cientistas preocupados em manifestar suas opiniões em relação a impactos políticos, econômicos, sociais e riscos à saúde e ao ambiente que essa tecnologia pode ocasionar.
Se existe essa preocupação com a biotecnologia, com a nanotecnologia, essa preocupação é imensamente maior, porque não temos mais o limite do DNA, agora é tudo, tudo pode ser modificado.
Se a ciência tem como pré-requisitos a liberdade, a liberdade, num contexto democrático, tem seus limites estabelecidos pelo outro.
Enfim, eu acredito que, quando discutimos nanotecnologia, biotecnologia e outras novas tecnologias que com certeza virão, não estamos só discutindo no âmbito da tecnologia e da ciência, mas também no da democracia e da política. Portanto, as perguntas precisam ser respondidas, senão à sociedade só restará insegurança ou submissão, e essa não é a sociedade que nós desejamos.
A leitura do livro foi muito interessante e instigante. Mostra que a nanotecnologia tem uma abordagem junto, a partir da nanociência. É algo que não é novo, pois, enfim, está na história do homem, em sua relação com a natureza, na descoberta, no empirismo, na tentativa de experimentar, de errar e de criar instrumentos. O homem-ferramenta é uma característica analógica da humanidade, na medida em que, em suas relações com a natureza, busca instrumentos e ferramentas para lidar. Ferramentas que lhe propiciam mais sensibilidade em todos os sentidos, ver, ouvir, sentir e tatear. Nesse aspecto, o caminho da humanidade, nessa história,