Sociologia

Algumas observações sobre o conceito de Marginalidade Social

O estudo da realidade social brasileira, principalmente na perspectiva da demografia, urbanismo e emprego tem, respectivamente, assinalando a intensificação da urbanização, as altas taxas de crescimento da população total. Por outro lado, estatísticas assinalam a proliferação de favelas, o aumento do número de menores abandonados, a grande pobreza existente em torno (e dentro) das grandes cidades e o aumento da criminalidade. Outras explicações afirmam que a integração não se verifica devido á existência de barreiras sociais impeditivas e que se situam no plano dos valores e padrões de conduta dos grupos que compõem a estratificação social. A inaceitação de um grupo por parte de outro, que já possui uma posição consolidada na estratificação social, geraria a marginalização daqueles que aspirassem a ocupar um lugar no mesmo estrato. Outro enfoque é o que afirma que a marginalidade é gerada em virtude dede incongruência de status. Parte-se da idéia de que a estrutura social compõe-se de diversas hierarquias (renda, ocupação, status etc.) e entre as quais se poderá verificar defasagem no sentido de que o indivíduo, pertence a um grupo social, pode, por exemplo, em termos de status, se situar numa posição inferior ao que sugere sua posição relativa mente a seu grupo de referência positivo, ou seja, aquele grupo ao qual desejaria pertencer. Vereficar-se-ia, nesse sentido, marginalidade parcial, sendo que a marginalidade pode ser total quando o indivíduo não atinge nenhuma das hierarquias sociais, a posição do seu grupo de referência. Nessa concepção, a marginalidade é concebida como um corte vertical em toda a Estrutural social. Indivíduos da classe alta podem se sentir tão marginal o da classe baixa.

Em tudo, a marginalidade encontra sua explicação seja ao nível individual, seja ao nível grupal, mas sempre dissociada dos processos e da estrutura social que estão em sua origem. Podemos dizer que a