Sociologia
Até tempo não tempo! atrás faz —
um — o muito
modelo de família consistia em paimãe-prole. modelo estrutura era ideal Esse de familiar
considerado pelo modo de de organização familiar como desestruturados,
Esta ainda família existe?
dominante outros modos
pensar na sociedade e, por isso, bastante usado para classificar todos os desorganizados e problemáticos. Nesta compreensão de família há, sem dúvida, um julgamento que não é científico, mas moralista, pois utiliza um padrão como referência e considera os outros inadequados. Atualmente, é impossível não-enxergar — vários estudos
antropológicos e mesmo reportagens em revistas, jornais e TV mostram — que existem muitas e inúmeras formas de estrutura familiar: a família de pais separados que realizam novas uniões das quais resulta uma convivência entre os filhos dos casamentos anteriores de ambos e os novos filhos do casal; a família chefiada por mulher (em todas as classes sociais), a nuclear, a extensa, a homossexual, enfim, observa-se uma infinidade de tipos que a cultura e os novos padrões de relações humanas vão produzindo. Isso sem considerarmos culturas bastante diferentes, como os grupos indígenas, por exemplo. [pg. 247] Para entendermos as mudanças na concepção de família, a função social desta instituição (a família é uma instituição social) e a produção de subjetividade que ocorre em seu interior, é necessário (como sempre!) recorrer à história. A família monogâmica é um ponto de partida histórico — sempre precisamos partir de um ponto! —, embora devamos considerá-la como produto de muitas e diversificadas formas anteriores de o homem organizar-se para dar conta da sua reprodução e da sobrevivência da espécie (desde o estado selvagem até a barbárie). Pesquisas realizadas pelo antropólogo americano L. H. Morgan (1818-1881) demonstraram que, desde a origem da humanidade, houve, sucessivamente: • a família consangüínea —