Sociologia
O trabalho enquanto dimensão contraditória da potencialidade humana na trajetória de reestruturação produtiva
Esse artigo busca estudar a temática “trabalho” tendo como foco sua contradição: o trabalho como fator de negação da potencialidade humana e como fator de construção do homem. Analisando o trabalho e sua dimensão positiva temos que o trabalho é uma atividade essencialmente humana, dotada de teleologia: um projeto previamente estudado de maneira intencional. Assim, esse é o fator que diferencia o trabalho humano do trabalho dos demais animais: a intencionalidade. O homem se adapta a natureza visando satisfazer suas necessidades, enquanto que o animal apenas desfruta das condições que a natureza lhe oferece. Dessa forma, o fator positivo do trabalho o revela como uma atividade que funda o homem como ser social. Tendo em vista a dimensão do trabalho como fator de negação da potencialidade humana podemos afirmar que na sociedade capitalista, os homens criam sua existência historicamente através do trabalho. De um modo prático os homens são divididos entre duas classes que possuem interesses opostos. Uma classe é a dos proprietários dos meios de produção, e a outra é a dos proletários, aqueles que possuem apenas sua força de trabalho. A relação entre essas classes é pautada na desigualdade social e econômica. Assim, o produto produzido pelo proletário não é propriedade dele, mas sim dos capitalistas. Então o trabalhador proletário, que vive para o seu trabalho e do seu trabalho, acaba sendo transformado em mera mercadoria pelas relações de produção e pelas relações sociais. Temos portanto um processo de humanização da coisa e coisificação do homem, sendo que sua importância como ser humano é descartada. A única coisa que interessa para os capitalistas é a força de trabalho dos proletários. Sendo assim, a dimensão negativa do trabalho o revela como fator de coisificação da potencialidade humana no capitalismo.
Percebemos