Sociologia

A CHEGADA DOS TEMPOS MODERNOS
•Do campo para a cidade
Durante a maior parte da história do Ocidente, a população se concentrou no campo. A agricultura era a principal fonte de riqueza e a terra era o bem mais cobiçado. O historiador Eric Hobsbawm chamou a atenção para o fato de que, excetuando algumas áreas comerciais e industriais bastante desenvolvidas, seria difícil encontrar um grande Estado europeu no qual ao menos quatro de cada cinco habitantes não fossem camponeses.
Até o século X, mesmo as maiores e mais importantes cidades da Europa ocidental – Veneza, Florença, Paris e Londres – não ultrapassavam 150 mil habitantes. Essas cidades atraíam pessoas de várias etnias, que se organizavam em bairros. Havia, ainda, os guetos, que eram bairros apenas das populações consideradas “indesejáveis” – os judeus por exemplo.
Em lugar de destaque, no centro da cidade ficava a igreja, a estrutura mais imponente da cidade. Os edifícios governamentais e as casas da elite localizavam se em torno da igreja. Os pobres habitavam as proximidades das muralhas que limitava o espaço das cidades medievais. A pólis grega e a cidade romana da Antiguidade foram criações de sociedades basicamente agrárias, enquanto as cidades que naquele momento surgiam ou prosperavam na Europa ocidental eram originadas por comerciantes, mercadores e artesãos – pessoas ligadas a uma economia mercantil. Tornando a praça do mercado, o centro dessas cidades. Ao seu redor, situavam-se a prefeitura, a escola, o tribunal e a prisão. Do outro lado, a igreja ou catedral. O sagrado se relacionava ao profano. Um bom exemplo dessa relação é a palavra alemã messe, que tem dois significados: um comercial “feira “ e outro religioso “missa”.
A pólis e a antiga cidade romana
Entre aproximadamente 500 a. C. até 300 a.C., a pólis foi o principal centro cultural e intelectual do Ocidente. Foi ali, que pela primeira vez, uma sociedade discutiu e escolheu suas leis. A cidade de Atenas, em meio a uma série de