Sociologia
Contudo, observamos também a deflagração de uma revisão de valores responsável pela transformação dos papéis ocupados por homens e mulheres na sociedade. Já durante a Segunda Guerra, a maciça inserção das mulheres no mercado de trabalho estabeleceu um novo campo de possibilidades para aquela que antes era vista como a “rainha do lar”. A partir desse processo de relativa emancipação, muitas delas reivindicaram novos campos de conquista nunca antes imaginados.
Quando alcançamos a década de 1960, o advento da pílula anticoncepcional permitiu uma libertação dos comportamentos sexuais antes restritos à monogamia e às relações matrimoniais. Paralelamente, o meio intelectual também passou a se voltar para a essa questão com a difusão de livros de autoras que se interessavam em desconstruir o papel da mulher na sociedade. Entre outras obras, podemos destacar “O Segundo Sexo” de Simone Beauvoir e “A mística do feminino” de Betty Friedan.
A partir de então, muitas mulheres saíram às ruas com o intuito de reivindicar os mesmos direitos assegurados pela constituição liberal de seus países. Entre outras questões, lutavam para que as faixas salariais de homens e mulheres fossem devidamente equiparadas. Nesse aspecto, percebemos que entre as décadas de 1960 e 1970 o feminismo havia se consolidado enquanto movimento político integrado a muitas outras bandeiras de lutas civis e minoritárias.
Em resposta a tais movimentações, aconteceu a adoção de várias políticas de igualdade que visavam responder aos anseios estabelecidos no período. Instituições