sociologia
*A expressão que dá nome a este capitulo introdutório é uma das tantas que diariamente surgem no uso coloquial da linguagem e que podem ou não se incorporar ao acervo de uma língua. “Cai na real.”
*O real é o terreno firme que pisamos em nosso cotidiano.
*Realidade: todos usamos rotineiramente esta palavra nos mais diferentes contextos e áreas de atuação e, no entanto, quase nunca paramos para pensar em seu significado, no que encerram estas suas nove letras.
*Muitas ciências – especialmente as chamadas ciências humanas – trabalham com o conceito realidade, incorporando- o ao seu jargão característico.
*Na psicologia e ciências afins (psicanálise, psiquiatria) talvez seja onde o emprego da palavra é maior e mais decisivo e, paradoxalmente, onde o seu significado é menos pensado e questionado.
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*Certamente poder-se- ia dizer que as plantas do jardim são reais, e aquelas do quadro uma representação deste real.
*Mas isso não resolve a questão, pois o quadro apresenta também um segundo nível de realidade: é composto de tintas, tela e madeiras, elementos que podem ser trabalhados de diversas maneiras, criando-se uma realidade pictórica ou não.
*Em outras palavras: existe uma realidade do quadro que capto com a minha sensibilidade e emoção, e outra captada de maneira mais física, digamos assim.
*O mundo se apresenta com uma nova face cada vez que mudamos a nossa perspectiva sobre ele. Conforme a nossa intenção ele se revela de um jeito.
*Quando se trata de fatos humanos, culturais e sociais, a coisa cresce em complexidade.
*Realidade, portanto, é um conceito extremamente complexo, que merece reflexões filosóficas aprofundadas.
*Afinal, toda construção humana, seja na ciência, na arte, na filosofia ou na religião, trabalham com o real, ou tem nele o seu fundamento ou ponto de partida.
*O homem não é um ser passivo, que apenas grava aquilo que se apresenta aos seus sentidos.
*Pelo contrario: o homem é o construtor do mundo, o