sociologia
O sociólogo francês Raymond Aron foi o pioneiro na formulação de uma teoria sobre as relações internacionais, focada no fenômeno da guerra entre os países.
Aron delimitou o campo das relações internacionais - sua originalidade e singularidade entre os vários domínios sociais -, diferenciando as relações entre as coletividades politicamente organizadas (os Estados nacionais) de todas as outras relações presentes na vida social.
Segundo Aron, a soberania se configura, no plano interno do Estado nacional, mediante a capacidade do governo de - ao dispor do monopólio estatal da produção e da aplicação do Direito - manter a lei e a ordem social.
Por outro lado, quando observamos o plano das relações entre os Estados nacionais, o que se nota é a ausência de uma instância (instituição ou organização multinacional) que detenha o monopólio da violência legítima.
Portanto, a política internacional é concebida como uma política de busca ou de afirmação do poder, encarada sob o ponto de vista de uma ética da responsabilidade (também chamada de razão de Estado), voltada à sobrevivência da comunidade política no tempo e no espaço.
Ou seja, o caráter específico das relações internacionais - ou relações entre os Estados soberanos - está na legitimidade do recurso à força armada.
Direito internacional
Contudo, se a legitimidade do recurso à força bélica, efetivada por parte dos Estados nacionais, é o cerne da teoria das relações internacionais, não podemos conceber o sistema internacional como um campo no qual prevalecem a anarquia geral e a guerra total, pois sabemos que os Estados firmam acordos, sempre objetivando regulares os conflitos de interesse entre as partes.
Assim, o Direito internacional é o instrumento jurídico que regulamenta, por meio do consenso entre os Estados nacionais, os limites do uso da força armada.
O poder de cada Estado
Como medir ou avaliar a força ou o poder que