SOCIOLOGIA
A visão do desenvolvimento como resultado do progresso econômico e material cedeu progressivamente lugar a uma concepção integrada que associa o crescimento econômico ao aumento de níveis de bem-estar social, de sustentabilidade ambiental e de afirmação política e cultural.
Na década de 50 e 60 predominava a visão convencional, a qual associava a ausência do desenvolvimento quase de maneira exclusiva à pobreza material. Dessa crença se extraía um corolário básico : combata-se a pobreza, aumente-se a riqueza material de um país ou de uma região e automaticamente estarão colocadas condições fundamentais para o desenvolvimento (educação; saúde, etc). Já nas décadas de 70 e 80, o desenvolvimento era convencionalmente entendido como resultado de um processo de mudança liderado pelo Estado que intervinha direta e indiretamente em alguns setores mais dinâmicos, os quais promoveriam transbordamentos nos setores mais atrasados, gerando um efeito de ‘’causação cumulativa’’. Mais modernamente passou-se a entender que o processo de desenvolvimento envolve, de uma maneira ou de outra, uma infinidade de iniciativas absolutamente diferentes entre si, o estímulo á expansão de empresas de alta tecnologia pode e deve conviver com a preservação de tecnologias tradicionais; empreendimentos de grande escala de produção podem e devem coexistir com pequenas e médias empresas; políticas de investimentos público ou de intervenção direta de organizações estatais podem e devem conviver com a transferência de encargos públicos para setor privado. No Brasil, a Revolução de Trinta desencadeou o grande esforço modernizador e desenvolvimentista, que em 50 anos iria transformar o país, de uma sociedade agrária rudimentar, em uma das 10 maiores economias do mundo. Essa concepção prevaleceu por mais de meio século, permeando as políticas desenvolvimentistas do Governo Kubistschek e os 20 anos do regime militar.
UMA ERA DE LIMITES