Sociologia
Econômica, a Sociologia Moral, a Sociologia Jurídica, a Sociologia do Conhecimento (a Sociologia da educação), etc. A rigor, essa designação é imprópria. Como acontece em qualquer ciência, os métodos sociológicos podem ser aplicados à investigação e à explicação de qualquer fenô- meno social particular sem que, por isso, se deva admitir a existência de uma disciplina especial, com objeto e problemas próprios!... Sob outros aspectos o uso mais ou menos livre de tais expressões facilita a identificação do teor das contribuições, simplificando, assim, as relações do autor com o público. Isto parece ser suficiente para justificar o emprego delas, já que carecem de sentido lógico os intentos de subdividir, indefinidamente, os campos da Sociologia”
(Fernandes, 1960, pp, 29-30 – grifos meus).
Trata-se, assim, de examinar, sob o ponto de vista sociológico, os fenômenos educativos e não apenas uma divisão arbitrária disciplinar que não encontra eco nos processos sociais reais.
Mesmo na França, por exemplo, esse recorte institucional de domínios tem sido objeto de crítica contemporânea, levando
Derouet a afirmar que tanto Pierre Bourdieu como Raimond Boudon não se consideravam sociólogos da educação. Sua interrogação sempre incidiu sobre o modo como a sociedade se perpetua e é a partir dessa questão de sociologia geral que eles se interessaram pelos efeitos sociais da escola
(Derouet, 2000, p.199). Afirma, também, que o poder explicativo dos paradigmas que ambos construíram ultrapassa, em grande parte, o domínio da educação. As palavras do próprio Bourdieu reiteram essa orienta- ção: “A sociologia da educação configura seu objeto particular quando se constitui