sociologia
Disciplina de Sociologia da Educação 1 - Prof. Paulo Roberto Terra Martins
Sociologia da Educação em Mannheim
por Alberto Tosi Rodrigues
(Trechos do livro: Sociologia da Educação)
Mannheim retoma a formulação de Weber sobre os tipos de educação - pedagogias do cultivo e do treinamento - e acrescenta a essa formulação a perspectiva de um programa para a mudança da educação.
Fugindo do pessimismo weberiano, o referido autor propõe a educadores e educandos que utilizem a sociologia como embasamento teórico para a compreensão da situação educacional moderna.
Para Mannheim, o pensamento social não pode explicar a vida humana, mas apenas expressá-la. O papel da teoria, portanto, é compreender o que as pessoas pensam sobre a sociedade e não o de propor explicações hipotéticas sobre ela.
O autor defendia uma sociedade que fosse essencialmente democrática, uma democracia de bem estar social dirigida pelo planejamento racional e governada por cientistas.
Mannheim também admite que a racionalização da vida levou a um declínio da educação voltada para a formação do homem integral, mas que o arejamento promovido pela democratização das relações sociais permitiu o surgimento de novas esperanças. Nesse sentido, embora o capitalismo tenha gerado desigualdades sociais, o interesse dos jovens das classes inferiores em ascender socialmente a elite, traz ao processo educacional as contribuições culturais das diferentes camadas sociais e intercomunicação entre elas.
Percebeu a importância da sociologia na modernidade, para o estudo dos fenômenos educacionais, justamente porque a vida baseada na tradição estava se esgotando. Nas épocas históricas dominadas pela tradição (pré-capitalista) a educação resumia-se a ajudar a criança a ajustar-se a ordem social tradicionalmente estabelecida. Valendo-se da influencia da psicanálise, observa que tal processo era apenas de assimilação "inconsciente", pela criança, do modelo da ordem vigente. Mas quanto