Sociologia
O ressurgimento das movimentações sociais, sob novas formas, em todo o mundo é uma evidência de que estamos atravessando o limiar de novos tempos. Vivemos um momento de transição, que culminará com o estabelecimento de novos padrões de comportamento e a afirmação de novos valores culturais, morais e políticos. Os movimentos em defesa dos direitos humanos estão ligados diretamente às lutas permanentes pela defesa da qualidade de vida tanto no que diz respeito à defesa das liberdades civis, aos direitos sociais e a preservação do meio-ambiente.
Movimento negro
O Brasil é o país que tem a maior população de negros fora da África. Nossos antepassados foram trazidos para cá e além de serem escravizados passaram por um processo de ‘aculturação’, sendo obrigados a deixarem de praticar suas linguagens, religiões e costumes adotando práticas européias.
O movimento negro tem por objetivo não deixar esmorecer e resgatar essa cultura afro- brasileira, rebatendo a rígida desigualdade e a segregação racial que ainda atinge o povo negro.
O movimento negro é uma batalha travada contra o senso comum. Numa sociedade onde se assume que existe preconceito racial é contraditória a afirmação que não há discriminação e racismo pessoal.
Os movimentos negros são para resgatar a memória de um povo que batalhou por sua liberdade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu primeiro artigo, diz que “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos...”. Por séculos da história do mundo, os negros não experimentaram esse direito.
A mobilização do povo negro se deu um ano após a abolição da escravatura, em 1888. Aliás, no mesmo ano da Proclamação da República, em 1889. O Brasil se tornou soberano, o povo chegou ao poder, a democracia se estabeleceu, mas a situação dos negros não mudou, deu continuidade a prática da marginalização deles.
A partir dessa rejeição da sociedade, criaram-se novos movimentos de