Sociologia
Para Marx, o foco recai sobre os indivíduos inseridos nas classes sociais. Para Durkheim, o fundamental é a sociedade e a integração dos indivíduos nela. Para Weber, os indivíduos e suas ações são os elementos constitutivos da sociedade. Apesar das perspectivas diferentes, todos buscaram explicar o processo de constituição da sociedade e a maneira como os indivíduos se relacionam, procurando identificar as ações e instituições fundamentais.
Dois autores contemporâneos analisaram a relação entre indivíduo e sociedade procurando integrar esses polos: o sociólogo alemão Norbert Elias e o francês Pierre Bourdieu. A seguir os principais conceitos que ambos construíram:
O conceito de configuração. De acordo com o sociólogo alemão Norbert Elias (1897-1990), é comum distanciarmos indivíduo e sociedade quando falamos dessa relação, pois parece que julgamos impossível haver, ao mesmo tempo, bem-estar e felicidade individual e uma sociedade livre de conflitos. De um lado está o pensamento de que as instituições – família, escola e Estado – devem estar a serviço da felicidade e do bem-estar de todos; de outro, a ideia da unidade social acima da vida individual.
As distinções entre indivíduo e sociedade levam a pensar que se trata de duas coisas separadas, como mesas e cadeiras, tachos e panelas. Ora, é somente nas relações e por meio delas que “os indivíduos podem possuir características humanas, como falar, pensar e amar”, como diz Elias em seu livro A sociedade dos indivíduos.
Para explica melhor o que afirma e superar a dicotomia entre indivíduo e sociedade, Elias criou o conceito de configuração (ou figuração). É uma ideia que nos ajuda a pensar nessa relação de forma dinâmica, como acontece na realidade.
No grupo social é assim: não há separação entre indivíduo e sociedade. Tudo deve ser entendido de acordo com o contexto; caso contrário, perdem-se a dinâmica da realidade e o poder de entendimento.
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