Sociologia
(Neste capítulo a autora expõe o surgimento desse mundo cada vez mais laico e independente da tutela da religião que levou o homem a pensar e a analisar a realidade em toda sua objetividade, e não como resultado da vontade divina. O ponto de partida, portanto, é o Renascimento).
O Renascimento consistiu na ruptura com o mundo medieval.
Transformações: Maior contato com outros povos proporcionado pela expansão comercial e marítima; crescimento urbano; intensificação da produção artística e literária; retomada de princípios norteadores da cultura greco-romana; mentalidade renovadora e mais laica, a qual foi se desligando do sagrado e das questões transcendentais para se ocupar de preocupações mais imediatistas e materiais, centradas principalmente no homem.
Para alguns historiadores, foi também um período de grande turbulência social e política.
De qualquer forma, o Renascimento representa uma nova postura do homem diante da natureza e do conhecimento. O homem renascentista redescobre a importância da dúvida e do pensamento especulativo. O conhecimento deixa de ser encarado como uma revelação, resultante da contemplação e da fé, para voltar a ser, como o fora para os gregos e romanos, o resultado de uma bem conduzida atividade do pensamento. O homem assume seu papel na história como agente dos acontecimentos.
É nesse ambiente propício de curiosidade, dúvida e valorização humana que o pensamento científico adquire nova importância, e, com ele, o interesse pelo entendimento da vida social.
As utopias. Os filósofos renascentistas desenvolveram o modelo que seria, aos seus olhos, a sociedade perfeita. Thomas Morus concebeu “Utopia” – uma ilha imaginária na qual os habitantes haviam alcançado a paz, a concórdia e a justiça. Apresenta ideais de vida moderada, igualitária e laboriosa, assim como defende, em termos políticos, a monarquia absoluta (já propondo, no entanto, ideais modernos de representatividade