Sociologia na saude
É comum ouvir dos alunos (sim, alunos, porque são sem luz!) a pergunta que ilustra este ensaio de artigo. O fato de perguntar já revela uma visão tecnicista com que os alunos chegam na academia. Diria até que é comum escutar qual o porquê das outras disciplinas humanas e sociais no referido curso. Como estou inserido amplamente neste campo, porque sou teólogo por profissão, missão e vocação e ‘sociólogo’ por formação filosófica, coloquei-me na aventura de responder à provocação supra mencionada aos aspirantes às ciências da saúde, de modo particular aos postulantes à Enfermagem e à Fisioterapia.
A primeira grande resposta do por que destas disciplinas é o status de universidade que goza a nossa IES (Instituição de Ensino Superior). Uma verdadeira universidade – universitas -, conforme sugere o nome, deve proporcionar um conhecimento amplo e holístico àqueles que estão ávidos pelo saber. Uma universidade, que abriga uma Faculdade de Ciências da Saúde, não pode ser comparada a uma escolinha de primeiros socorros, mas é o lugar da produção do conhecimento e das razões deste produzido por profissionais competentes e qualificados, seja do ponto de vista humano, seja sob a perspectiva acadêmica.
A Sociologia faz parte da cultura universal que todo acadêmico (chamo agora acadêmico) precisa ter, a fim que possa ser chamado verdadeiramente de investigador do conhecimento. É conhecendo o nível social que terei a possibilidade de dar um determinado tipo de tratamento àquele que está sob os meus cuidados. Em absoluto, não se trata de segregação, mas de conhecimento do tempo e do espaço e saber que o paciente/cliente pertence a um determinado grupo. Ademais, o próprio profissional pertence a um grupo social.
Um enfermeiro / fisioterapeuta, hoje, não é apenas alguém capaz de seguir procedimentos e observar prescrições. Claro, isso é muito importante! Mas o profissional em