Sociologia Jurídica
Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, explana sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. O autor ainda demonstra preocupação no que concerne a formação do Estado que segundo ele seria este o motivo principal para os homens saírem de sua condição de guerra. Para Hobbes, ''se não houver um poder visível que os mantenha em atitude de respeito, forçando-os, por temor à punição, a cumprir seus pactos e a observar as leis naturais'' ou seja, ''sem a espada, os pactos não passam de palavras sem força, que não dão a mínima segurança a ninguém''.
Assim, o autor nos leva a crer que as leis da natureza são aceitas quando os homens sentem vontade pessoal de respeitá-las, ''se não for instituído um poder considerável para garantir sua segurança, o homem, para proteger-se dos outros, confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade''.[5]Existe uma dificuldade dos homens conviverem harmoniosamente uns com os outros, sem outro rumo senão suas vontades pessoais ou benéficas de comum acordo. É preciso que se crie um poder o qual os mantenha em respeito mútuo. Assim, e conforme ensina HOBBES[6]:
“Designar um homem ou uma assembléia de homens para representar a todos, considerando-se e reconhecendo-se cada membro da multidão como autor de todos os atos que aquele que representa sua pessoa praticar, em tudo o que se ferefe à paz e à segurança comuns, submetendo, assim, suas vontades à vontade do representante, e seus julgamentos a seu julgamento.”
Diante de tal afirmação, a multidão assim unida numa só pessoa passa a chamar-se Estado (em latim, Civitas)[7]conferindo-lhe poder e força. O argumento de Thomas Hobbes sobre o nascimento do Estado recai sobre toda multidão, os quais se encontram entristecidos e com medo de perder suas vidas de forma brutal, aceitando-se assim, unir-se uns aos outros estabelecendo contrato recíproco para livrar-se à condição desumana que vivem.