Sociologia em angola
Observação controlada e observação participante
As técnicas de pesquisa estabeleciam formas de observação à distância, observação repetida e, mais tarde, sob influência do desenvolvimento da pesquisa antropológica, observação participante. Esta última modalidade implica a inserção do pesquisador como elemento integrante do fenômeno observado. Nos anos 60 e 70 muitas pesquisas se desenvolveram nesse sentido, nas quais os pesquisadores conviviam por determinado tempo com uma comunidade. Com o intuito de observar a organização de operários numa fábrica, por exemplo, os pesquisadores passavam a trabalhar na fábrica, podendo assim observar de perto e também de dentro essa realidade. Outra forma de controle dos desvios inerentes à técnica da observação é repeti-la, fazendo variar os horários e as condições do fenômeno que se quer observar. Temos nesse caso a possibilidade de distinguir o que é essencial e o que é circunstancial nos acontecimentos observados. Há, ainda, para garantir maior objetividade aos métodos de observação, a estratégia da observação comparada de grupos de controle. Imaginemos que um sociólogo tenha interesse em observar a emergência de líderes em grupos sociais e escolha para isso a observação de um grupo de crianças num acampamento de férias. E possível comparar os dados obtidos com outros, resultantes da observação de outro grupo de crianças em outra situação, por exemplo, em um trabalho em sala de aula. Nesse caso, estaremos fazendo variar não só as condições que envolvem um mesmo acontecimento, mas o tipo de acontecimento.
Registrando a observação
O registro daquilo que se observa é essencial para garantir o melhor uso possível dos dados observados. Ao descrever de maneira precisa aquilo que observamos, estamos possibilitando que as análises sejam feitas num segundo momento, após a experiência da observação. O registro garante maior perenidade às observações e a possibilidade de comparação futura com novas