Sociologia do Envelhecimento
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Envelhecimento: processo natural e realidade social Maiores expectativas de vida, envelhecimento da população e redução do crescimento vegetativo são aspectos prevalecentes nas estatísticas atuais. A idéia de “prolongar a vida” soa de modo agradável.No entanto, o medo de envelhecer e de ser vitimado pelo “velhicismo”, que constitui a discriminação de pessoas com base em sua idade, aterroriza e acompanha o processo natural do envelhecimento. Desde os primórdios da humanidade, a valorização do ser humano é diretamente proporcional a sua capacidade de produção.Portanto, o modo como as pessoas de idade mais avançada são vistas pela sociedade é marcado pelo preconceito e pela discriminação. Sob o modelo capitalista e excludente que vivemos, os que mais produzem e os que caracterizam e são mais atuantes na sociedade de consumidores, são mais bem aceitos e valorizados pela vigente economia produtiva. Pesquisas apontam que num futuro, não muito distante, o número de idosos no planeta triplicará e será maior que o número de crianças. Diante dessa nova realidade é imprescindível que atitudes discriminatórias contra os velhos sejam repensadas e que o modo como são vistos pela sociedade seja reavaliado para que as mudanças reflitam nos próximos anos. O culto à juventude e à boa forma, tão enraizado hoje, certamente dificulta a auto-aceitação durante o envelhecimento e gera insatisfações e infelicidades, além de preconizar atitudes preconceituosas e excludentes contra quem não se enquadra no “padrão” imposto pela mídia publicitária, o que inclui as pessoas idosas. Deve-se partir da perspectiva de que envelhecer é um processo fisiológico natural e assim deve ser encarado. Além disso, dentro de suas limitações, um idoso pode ser tão produtivo quanto uma pessoa mais jovem.Sendo mais dotado de experiência e de capacidade de discernimento, adquirida ao longo da vida, um velho pode ter mais valores a agregar e mais formas de contribuir