Sociologia do direito.

Filosofia
Uma das grandes dificuldades que enfrenta quem se dedica ao estudo da filosofia, seja de forma introdutória ou detalhada, é encontrar uma definição que seja consensual. Na história da filosofia foram, e ainda atualmente, são apresentas diversas conceituações.
Quais são as razões que contribuem para tal situação: a) A diversidade e abrangência temática presente nas origens e na história da filosofia. O filósofo tratava de todos os temas, inclusive aos relacionados à biologia e a física. A partir do século XVII estas tornam-se ciências. b) Indefinição do objeto e do método de estudo. A filosofia estuda o quê e como? O que pode ser estudado filosoficamente? c) As constantes alterações de paradigmas e a diversidade terminológica e conceitual.

Diante deste cenário é adequado afirmar, dada a infinidades de conceitos possíveis de filosofia que adota-se um deles. Assim sendo pode-se definir, provisoriamente, como a) tentativa de adquirir conhecimentos b) por meio racional e c) sobre assuntos que não podem ser tratados empiricamente. A condição (a) distingue a filosofia de disciplinas criativas, como a literatura ou música. A condição (b) distingue a filosofia do misticismo e algumas variedades de religião. A condição (c) distingue a filosofia das ciências empíricas.
A condição (c) certamente exclui alguns temas que têm sido tradicionalmente consideradas como parte da filosofia, como se o universo é determinista, se ele tem um começo no tempo, se é infinito em sua extensão, e assim por diante. Defende-se que estas questões, embora eles já foram pensados pela filosofia, tornaram-se parte da física. No entanto, é uma questão interessante se a condição (c) exclui alguns temas que ainda são amplamente aceitas para fazer parte da filosofia - por exemplo, se existe uma mente não-física, e se as pessoas têm livre arbítrio. Parece que, enquanto a filosofia pode contribuir para estas questões, esclarecendo as questões e os conceitos envolvidos,